segunda-feira, março 30, 2015

OPINIÃO: TRAGÉDIA ANUNCIADA? OU A CULPA É DAS ESTRELAS?

Montagem: Everaldo Paixão

A equipe do “Vamos Aparecer” para o povo dizer que o prefeito é bom, isto com o seu total empenho e da dama de ferro (oxidado), agora vive brincando de 12 de outubro. Tem até ciranda cirandinha, puxada pela dama, e criança emocionada e enganada pela inocência de quem vive momentos dolorosos (porque muitos não terão suas casas de volta), e que os aproveitadores usam como arma de benevolência disfarçada para propagandear um governo saturado.
Alguém aí, disse que não é momento para críticas?
Repito: Não estou a serviço de nenhum partido, nenhum político e muito menos me interessa se “fulaninho” apresenta um discurso meloso, para ver se cola e se consegue ibope para uma gestão desacreditada. Sei que já estavam até comemorando o feito, afirmando que todos os “blogueiros”, imprensa, estavam dando ênfase ao empenho do prefeito e equipe aos desabrigados e desalojados. Araripina meus queridos, vive órfão de uma administração que nem sequer cuida das ruas da cidade, imaginem agora, se resolverão problemas tão grandiosos, e que eles mesmos foram os criadores dessa tragédia anunciada.
O problema para os moradores do Bairro do Zé Martins, o mais atingido pela grande precipitação de água caída no dia 25 de março, se resolve de imediato com a construção de uma ponte  para o escoamento das águas. O bairro praticamente virou uma represa, porque por incompetência de uma obra mal planejada (entre tantas que tem no município), a ponte, que serviria de escoadouro das águas das chuvas, não foi construída, o que ocasionou o que podemos chamar de desastre prenunciado.
E o Bairro Universitário? O que aconteceu para que a grande quantidade de água invadisse a comunidade?
Também atingindo por um nível pluviométrico acima do esperado, os moradores principalmente nas proximidades do canal (que nunca fora cuidado como devido e recomendado), sofreram com percas materiais grandiosas. O problema surge  lá depois da BR 316.
O Cavalete I, II, bairros periféricos, também sofreram com a grande quantidade de chuvas torrenciais do fatídico 25 março. Esses, sempre foram abandonados pelo poder público municipal. Foram lá, fazer a velha média de quem nunca cuidou do povo como deve. A cara de espanto deles, não passa de pose para as fotos oficiais.
A Rua Demóstenes Simeão, a grande vítima do descaso municipal, só foi atendida para que fosse recolhido o entulho acumulado, porque uma moradora resolveu botar a boca no trombone. Qualquer quantidade de chuva afeta drasticamente essa rua, e agora que o proprietário de um terreno onde dizem fazer parte de um projeto para um mini shopping, espalhou de forma desorganizada o entulho, sem a terraplanagem adequada, que quando chove, o logradouro fica entupido dos resíduos que descem da propriedade. Faltou também um rigor do poder público municipal, para fiscalizar se o processo no terreno estava sendo feito de maneira que não prejudicasse os moradores da Demóstenes. Isso não aconteceu.
A Rua da Canastra, Rua 11 de Setembro e ali logo próximo a Uniclinic, quando chove, fica tudo inundado, devido ao canteiro de obras do nosso mini shopping.
Uma turma reunida depois do fatídico “25 de março”, em um certo point de encontro da nata da nossa sociedade irônica, aquela que, distante de ver suas casas ruírem, perderem todos os seus pertences, tentarem salvar os filhos, se livrarem de uma imensa tromba d’água, de lama, de entulhos (que estão espalhados por toda cidade), se ilude com a “ação de mastodonte” do gestor e sua equipe, e como se comemorasse (são todos beneficiários da gestão) acreditando que a população deixará de lado o estado caótico, sente um certo alívio. É esse sentimento banalizado que toma conta da gestão. Porque o que a população vem sofrendo, não dar para esquecer com mais sofrimento. Ou dar?
E agora,  esse desastre que causou danos econômicos e psicológicos às pessoas afetadas, não deve servir de esteio para alavancar uma gestão que não anda.
A decretação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública, não pode ser objeto de desejo único e exclusivo de captar recursos financeiros do Estado e da União, maquiando números e estatísticas.
As doações e outros meios de ajuda para atender as pessoas afetadas,  também não deve servir de espetáculo particular para atribuir ao gestor municipal uma popularidade que ele durante esses mais de dois anos de gestão, nunca teve. Os cidadãos araripinenses, altruístas de alma, esses sim, são os maiores colaboradores que se sensibilizaram com as pessoas afetadas por uma tragédia natural, mas também, por uma tragédia assistida e patrocinada por incompetência de quem nunca governou de verdade a nossa querida Araripina.
As pessoas que perderam suas casas, móveis, e contabilizam prejuízos incalculáveis, certamente acordarão para a realidade e aí, veremos o que cada um pensa em fazer e a quem culpar de verdade. As estrelas, os céus, a natureza ou a incapacidade gerencial dos nossos políticos.
Para o gestor municipal, os erros do passado desafiaram a natureza.
Pelos menos eu acredito que tudo poderia ter sido amenizado.
Com a palavra: O POVO!
Voltaremos a dissertar sobre o assunto em um novo capítulo.

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